Um projeto de lei aprovado pelo governo japonês, no dia Internacional da Mulher, define que as japonesas terão que esperar 100 dias antes de voltarem a se casar depois de um divórcio, alterando o que antes seriam 6 meses de espera.
A regra não se aplicará, caso ela prove que esteja grávida do ex-marido.
A alteração do código civil, que data de 1898, não é suficiente, considerou a comissão da ONU para a eliminação da discriminação das mulheres, num relatório publicado na segunda-feira, em Genebra.
“O código civil continua a proibir as mulheres, e só as mulheres, de voltarem a casar durante um período preciso após um divórcio”, sublinhou.
A comissão da ONU condenou ainda uma lei japonesa que obriga os casais a partilhar o mesmo nome, considerando que é discriminatória para as mulheres uma vez que “na prática são frequentemente elas que são levadas a adotar o nome do marido” (96% das mulheres mudam o nome para o do marido).
A 16 de dezembro, o Supremo Tribunal do Japão manteve este princípio que data do século XIX.
A lei sobre os nomes remete para a antiga organização feudal da família no Japão, sob a qual mulheres e crianças estavam sob controle total do chefe da família.
Fonte: IPC Digital com DN Mundo